Geólogo da CPRM em
trabalho de campo
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Em
2013, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) disponibilizou 56 novos mapas de
cartografia geológica. Esses são os primeiros resultados da estratégia da
empresa para alavancar o conhecimento de áreas com potencial mineral no país,
em especial, na região amazônica. As folhas mapeados perfazem 298.500 km², que
correspondem a 3.51% do território brasileiro A iniciativa visa agilizar a
disponibilização de informações geológicas necessárias para fomentar a pesquisa
de bens minerais, essenciais para o desenvolvimento do país.
“Os
resultados mostram que produzimos mais mapas geológicos em menos tempo, usando
como estratégia a geração de dois produtos cartográficos durante a execução dos
projetos de mapeamentos geológicos tradicionais, nas escalas 1:100.000 e 1:250.000”,
diz Roberto Ventura, diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM. Ele
explica que ao final do primeiro ano de execução de cada projeto é
disponibilizado um mapa preliminar em formato pdf, factual e descritivo e com
enfoque litoestratigráfico, contendo todos os dados de campo acrescidos de
análises petrográficas.
“No
segundo ano, é apresentado o mapa final, essencialmente interpretativo, com o
suporte de análises litogeoquímicas e geocronológicas, com delimitação e
detalhamento de áreas mais potenciais para conter mineralizações. Este mapa
será acompanhado de nota explicativa e dos bancos de dados preenchidos”,
informa Ventura, destacando que a chegada de novos geólogos na empresa,
contratados recentemente por meio de concurso público vai ajudar a ampliar
ainda mais, os trabalhos de mapeamento geológico desenvolvidos pela CPRM.
Geólogos em
treinamento na Chapada Diamantina
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Segundo
Reginaldo Alves dos Santos, Chefe do Departamento de Geologia (Degeo), em 2013
a CPRM produziu 45 mapas geológicos na escala de 1:100.000, sendo 6 em parceria
com Universidades, além de 2 mapas na escala 1:50.000. Na escala 1:250.000
foram concluídos 9 mapas. Os mapeamentos foram realizados nos estados do Piauí,
Pernambuco, Ceará, Bahia, Rondônia, Santa Catarina, Pará, São Paulo, Minas
Gerais, Goiás, Tocantins, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do
Sul.
Mapas
de integração Geofisíca/Geológica - Nos últimos dez anos, a CPRM realizou um
ambicioso programa de levantamentos geofísicos em todo território brasileiro.
Hoje, mais de 90% do embasamento cristalino já está coberto por levantamentos
aerogeofísicos (magnetometria e gamaespectrometria), o que levou a CPRM
implementar uma nova estratégia para agregar valor a esses levantamentos e
agilizar a cartografia geológica do Brasil. Essa estratégia visa a da produção intensiva de Mapas de Integração
Geofísica-Geológica, na escala 1:250.000, com prioridade na região amazônica
Estes
produtos, a serem concluídos e disponibilizados no máximo de prazo de 1 ano,
visam agregar valor aos levantamentos aerogeofísicos de alta resolução realizados pela CPRM, através da integração da interpretação dos
produtos da aerogeofísica com os dados de cartografia geológica histórica e de
interpretação das diversas imagens de sensores remotos existentes. As áreas
anômalas identificadas serão checadas no campo. Estes mapas servirão também
para a seleção de áreas para novos projetos de cartografia geológica,
priorizando-se sempre os ambientes geológicos favoráveis a mineralizações, como
por exemplo, áreas de relevante interesse mineral. Em 2013 foram finalizados 15
mapas na escala 1:250.000, nos estados de Tocantins, Pará, Amazonas, Paraíba e
Rio Grande do Norte.
Capacitação
– Para garantir a qualidade dos mapas geológicos, a CPRM reativou o Centro
Integrado de Estudos Geológicos (CIEG) de Morro do Chapéu, na Bahia. O objetivo
é reciclar e capacitar os geólogos envolvidos em projetos de cartografia
geológica. No CIEG são ministrados
cursos práticos, focados principalmente na correta obtenção e interpretação dos
produtos da aerogeofísica e dos diversos sensores remotos, e nos procedimentos
de reconhecimento, descrição e interpretação dos dados de afloramentos e sua
representação cartográfica. As
atividades de campo são desenvolvidas na Chapada Diamantina e na Faixa
Sergipana. Nos últimos dois anos, 65 geólogos de todas as unidades regionais
passaram pelo CIEG. A previsão é que estes cursos continuem em 2014 e sejam
estendidos aos novos profissionais contratados
pela empresa.