Diretor
Roberto Ventura e geóloga Karina Hattingh
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A pesquisadora em
geociências da gerência de Geologia e Recursos Minerais (Geremi), da Diretoria
de Geologia e Recursos Minerais (DGM) da Superintendência de Goiânia, Karina Hattingh,
apresentou nesta terça-feira (18/02) a sua defesa de mestrado na Universidade
de Brasília. Karina tem graduação e pós-graduação em Geologia pela UnB e é
orientanda do diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, Roberto Ventura.
O objetivo do seu estudo é
inferir a fonte dos sedimentos em suspensão carreados pelos principais rios da
Bacia Amazônica, revelando regiões onde a erosão e o intemperismo atuam mais
intensamente. Para isso, a utilização dos isótopos de estrôncio (Sr) e neodímio
(Nd) tem se mostrado uma ferramenta eficiente. Além disso, o comportamento
desses isótopos revelam importantes informações espaciais e temporais do
comportamento dos sedimentos ao longo da Bacia Amazônica.
As diferenças fundamentais
notadas entre os dois principais afluentes do Rio Amazonas são a maior atuação
do intemperismo nos sedimentos do Rio Madeira em relação aos sedimentos do Rio
Solimões; o aporte de sedimentos mais antigos, provenientes de sedimentos
retrabalhados do Cráton Amazônico, no Rio Madeira; o aporte de sedimentos mais
jovens devido à contribuição de rochas de origem vulcânica nos afluentes do Rio
Solimões e a contribuição de uma fonte com assinatura mais antiga e de maior
residência crustal que os sedimentos do cráton na estação de Borja, próxima aos
Andes Peruanos.