Professor Dr. Augusto Pires da UNB e ADIMB em
aula
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Começou nessa semana no Rio
de Janeiro o curso de geofísica no mapeamento e exploração mineral. O mesmo
constitui um segmento do programa de capacitação da Diretoria de Geologia e
Recursos Minerais (DGM) e ocorrerá uma semana por mês. O curso pretende
capacitar os recém-contratados na área de geofísica visando atender as
necessidades do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Adicionalmente servirá como
atualização para os profissionais já em atividade. O curso será ministrado por
renomados geofísicos nacionais e internacionais. As aulas estão sendo
transmitidas on-line e serão gravadas para posterior utilização.
“A iniciativa da CPRM é louvável. O
conhecimento muda todos os dias, então é preciso acompanhar. É ótimo que a
empresa se disponibilize a trazer pessoas de fora que estão diariamente mexendo
com o conhecimento com o intuito de atualizar os profissionais. A minha
expectativa é de que o curso melhore o background teórico e que dê algumas
ferramentas que o profissional possa usar no dia a dia,” explicou o professor em
geofísica, Augusto Pires.
Carlos
Izarra explicando conceitos de geofísica
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O curso atende a duas áreas
fundamentais da CPRM - mapeamento e exploração mineral. As mesmas são vitais
para o desenvolvimento do setor mineral brasileiro. Da mesma maneira, a
geofísica tem passado por substancial avanço científico, tornando-se hoje a
principal ferramenta auxiliar ao processo de descoberta de depósitos minerais.
O treinamento terá duração de seis meses
sendo essencialmente prático com elaboração de um substancial número de
exercícios relacionados às atividades que os novos contratados exercerão na
empresa. Vários profissionais de diversas empresas com comprovada experiência e
participação em descobertas de depósitos farão parte do treinamento. O processo
de avaliação ocorrerá em cada unidade sendo que no final o participante
apresentará uma monografia. A mesma terá um orientador interno e envolverá
temas de interesse da empresa
“Essa primeira semana é bem
introdutório e muito importante porque cada universidade ensina com um enfoque
diferente então com esse curso é possível nivelar todo mundo, inclusive pessoas
de outras áreas que também estão participando, ajuda para conversar e se
entender depois”, elogiou Iago Souza Lima Costa, geofísico da Divisão de
Geofísica (Digeof).
Segundo o professor Carlos
Izarra, geofísico da empresa Geotech, é mais importante falar sobre os
conceitos gerais do que de uma tecnologia específica, porque de acordo com ele
os estudantes precisam ser muito objetivos e críticos sobre o uso de diferentes
dispositivos, precisam entender os princípios. Por isso Carlos Izarra conta que
a ideia dele foi trazer os conceitos gerais e abrir espaço para que os alunos
possam discutir sobre o assunto.
A oceanógrafa da Divisão de
Geologia Marinha (DIGEOM), Maria Aline Lisniowski, está participando do curso
justamente para aprender mais sobre os conceitos básicos da geofísica. “Eu,
como oceanógrafa, não tenho noção tão boa de geofísica, então é importante
porque eles trazem os conceitos básicos, o que tem de mais moderno dos
equipamentos, o funcionamento. Tem sido uma experiência rica. Na oceanografia
se faz medição de hidrometria e magnetometria para conhecer como é a área
geológica. Essas medições são feitas, mas no oceano, então, para mim, ter esses
conceitos é bem importante por isso.”