Os geólogos Maria Emília Brenny e Jorge Pimentel
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No
projeto de cooperação entre Brasil e Japão, as ações são voltadas para o
fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada de Riscos de
Desastres Naturais. O objetivo é aprimorar a Política Nacional de Proteção e
Defesa Civil, instituída pela Lei 12.608, de 2012.
O
secretário nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos do Ministério
das Cidades, Leodegar Tiscoski , falou sobre os benefícios desta iniciativa
para o país e ressaltou a experiência do Japão na área de desastres naturais.
“É nítido que os japoneses têm experiência milenar na área de prevenção,
enfrentamentos e resposta aos desastres naturais”, disse. Tiscoski observou a
dedicação do Brasil em busca da elaboração de um plano nacional para tratar o
tema. “As ações dessa parceria são pedaços que estão se juntando para construir
o plano nacional”, destacou o secretário nacional.
O
secretário Leodegar acrescentou que, no momento, 800 municípios brasileiros já
estão mapeados com status de potencial situação de risco. Deste
total, 280 apresentam um risco elevado. A equipe técnica
disponibilizada pelo governo japonês para trabalhar no Ministério das Cidades,
por quatro anos, está realizando visitas nas principais cidades atingidas por
desastres acompanhado das equipes dos órgãos envolvidos.
O
principal palestrante foi o especialista Kenichi Handa que apresentou um
histórico da atuação do Japão para conseguir prevenir a ocorrência de desastres
de sedimentos. O especialista esclareceu o tratamento dos dados de desastres,
chuvas e o raciocínio básico aplicado nas informações de alerta.
O
seminário também contou com a palestra do especialista Nobutomo Osanai que
expôs a tipologia dos fenômenos relacionados aos desastres de sedimentos, que
ocorrem por grandes chuvas ou terremotos e provocam imensos danos
nas comunidades. Outro destaque foi o especialista Kenji Miwa, que discutiu
sobre o planejamento urbano com o foco nas leis que regulamentam a criação de
conjuntos habitacionais.
As
ações dessa parceria são desenvolvidas em conjunto com os ministérios da
Ciência, Tecnologia e Inovação, Integração Nacional, Minas e Energia, além de
estados e municípios. As metodologias e produtos gerados na cooperação serão
implementados nos municípios de Blumenau (SC), Nova Friburgo (RJ) e Petrópolis
(RJ), previamente selecionados em função dos grandes desastres sofridos nos
últimos anos.
Com informações Ministério das Cidades