Claudia
Rezende, José Perez, biólogo marinho da
Univale, diretor Roberto Ventura e Eugenio Frazão. |
Delegação
brasileira apresentou na sexta-feira (7/02), em Kingston, na Jamaica, a proposta
de Plano de Trabalho para Exploração de Crostas Ferromanganesíferas ricas em
cobalto, na Elevação do Rio Grande (ERG), formação localizada em área
internacional (Área), regulamentada pela Convenção
das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM).
A execução deste Plano de Trabalho propiciará ao País
exercer papel destacado nas pesquisas no Atlântico Sul, contribuindo para maior
inserção do Brasil no cenário internacional. Essa região possui grande
importância político-estratégica, uma vez que o Contrato de Exploração com a
ISBA, caso aprovado, assegurará ao País o direito exclusivo de exploração da
área requisitada por, pelo menos, 15 (quinze) anos.
A
apresentação foi feita para a Comissão Técnica e Jurídica da Autoridade
Internacional dos Fundos Marinhos (ISBA) pelo diretor de Geologia e Recursos
Minerais da CPRM, Roberto Ventura, e pelo professor Angel Perez da Univale.
Participou também da reunião o representante brasileiro permanente junto à ISBA,
Embaixador Antônio Francisco da Costa e Silva Neto, bem como os coordenadores
executivos da CPRM Claudia Rezende e Eugenio Frazão.
Além
dos aspectos relativos à pesquisa geológica marinha, os representantes
brasileiros detalharam os estudos a serem realizados na Elevação do Rio Grande.
Trata-se de proposta concisa e consistente - fortemente sustentada em
parâmetros técnicos e ambientais -, que revela também o compromisso do Brasil
com o desenvolvimento sustentável.
A
Elevação do Rio Grande é uma região estratégica localizada a 1500 Km da costa
brasileira, ou seja, em área situada além da jurisdição nacional. A presença de
crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto representa significativo potencial
científico e econômico.
O
plano de trabalho apresentado é estratégico para o Brasil, pois possibilitará o
desenvolvimento de tecnologia de ponta, a qualificação de pessoal, a formação
de recursos humanos e, principalmente, a ampliação da presença do País no
Atlântico Sul. Nos últimos anos, diversos países vêm desenvolvendo atividades
de pesquisas no Atlântico Sul, com destaque para França, Rússia, China e Alemanha.