Thales Sampaio apresenta as ações da CPRM em
gestão de riscos e resposta a desastres
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Com
uma análise detalhada sobre a atuação do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o
diretor de Recursos Hídricos e Gestão Territorial, Thales Sampaio, abriu os
trabalhos da mesa-redonda especial que debateu o tema “Gestão de Riscos e
Resposta a Desastres”, durante o 14º Congresso Brasileiro de Geologia de
Engenharia e Ambiental, que ocorre no período de 1º a 6 de novembro, no Rio de
Janeiro.
Sampaio
apresentou o tema “Mapeamento de Sustentabilidade e Riscos a Movimento de
Massas e Inundações”, onde abordou questões relevantes como o papel
desempenhado pela CPRM no contexto do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas
a Desastres Naturais do Governo Federal, inserido no Plano Plurianual 2012 a
2015. Na apresentação, o diretor destacou os eixos temáticos da ação da CPRM:
mapeamento, prevenção, monitoramento e alerta e resposta. Também falou do
trabalho que está sendo desenvolvido com base nas seguintes metas: setorização
de riscos alto e muito alto a movimentos de massa e inundações em áreas urbanas
de 821 municípios brasileiros; cartas municipais de suscetibilidade a
movimentos de massa e inundações em 286 municípios; Sistema de Cadastro de
Deslizamentos e Inundações (SCDI); e curso de capacitação de técnicos
municipais na gestão de risco.
Segundo
Thales Sampaio, dentro do desafio colocado pelo Governo Federal, a CPRM vem
trabalhando para estimar o número de moradias e pessoas afetadas ou passíveis
de serem afetadas por eventos críticos de desastres naturais. A partir da
estimativa o trabalho técnico indica as intervenções estruturais e não estruturais
como obras de contenção, drenagem, educação ambiental, remoção ou relocação de
moradores e moradias entre outras intervenções. Também a CPRM, dentro do
programa de governo, cumpre a etapa de geoprocessamento e posteriormente
transfere esse conhecimento e produtos gerados para as instituições integradas
ao plano do governo e para a sociedade em geral.
O tema atraiu um
grande número de técnicos
para os debates
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Dentro
dessa ação, até o momento 541 municípios já foram setorizados, abrangendo 5.844
áreas de risco, com a identificação de 556.473 moradias e 2,5 milhões de
moradores em risco. Esses dados foram disponibilizados para os órgãos
envolvidos com o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres
Naturais. Sobre as cartas municipais de suscetibilidade a movimentos de massa e
inundações, a CPRM delimita as áreas suscetíveis a ocorrência de movimentos
gravitacionais de massa (deslizamento de solos e rochas) e a eventos
destrutivos de natureza hidrológica como inundações e enxurradas. Elaboradas na
escala 1:25.000, as etapas consistem na modelagem matemática para elaboração do
pré-mapa; trabalhos de campo para consolidação da modelagem; e elaboração da
carta final. Sampaio também destacou a
parceria realizada com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo
(IPT), na elaboração de 56 cartas.
Thales
Sampaio terminou a apresentação lembrando a importância do trabalho articulado
entre as instituições, com vistas a minimizar os danos materiais e ao meio
ambiente e evitar a perda de vidas em consequência de desastres naturais ou
motivados pela ocupação urbana desordenada.
Participaram
da mesa-redonda: como moderador, João Jerônimo Monticeli, presidente da Associação
Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental. Como debatedores: Thales de
Queiroz Sampaio, da CPRM; Regina Alvalá, do Cemaden, que apresentou o tema
“Bases Técnicas e Critérios de Monitoramento e Alertas de Risco de Movimento de
Massa”; Celso Carvalho, do Ministério das Cidades, com o tema “Prevenção de
Riscos de Deslizamentos em Áreas Urbanas – Obras de Estabilização e Cartas
Geotécnicas”; e Rafael Schadeck, do Ministério da Integração Nacional,
abordando o tema: “Respostas a Desastres”.