O Centro Integrado de Estudos Geológicos
(CIEG), em Morro do Chapéu, na Bahia, recebeu geólogos de diversas unidades
regionais, que atuam na área de recursos minerais. A primeira etapa buscou
nivelar o conhecimento dos pesquisadores para a compreensão das atividades
relacionadas à pesquisa mineral, incluindo técnicas de prospecção geoquímica, geofísica,
sensoriamento remoto e entendimento de processos e modelos metagenéticos. O
treinamento contou também com participação do pesquisador Peir Perfahl, da Universidade
de Acádia, no Canadá.
O geólogo Cláudio Porto, chefe da
divisão de geoquímica do Rio de Janeiro, participou do curso, ministrando aulas.
Ele acredita que o curso foi muito importante porque cobriu todos os aspectos e
conceitos de exploração mineral. “O curso foi um bom início porque a CPRM está
ingressando nessa área de geologia econômica e de pesquisa mineral”, disse
Porto.
Segundo o geólogo, André Cunha, de
Recife, o trabalho realizado nas minas foi muito bom e essa troca de informação
renderá bons frutos. “Essa interação dos geólogos com a mineralização ajuda muito,
porque otimiza o trabalho em campo”, explica Cunha.
Para o geólogo Maurício Pavan, a parte
que mais despertou interesse foi à visita técnica as Minas. “A gente pôde ter
uma noção melhor de como é o trabalho na mineração e de como eles fazem a
prospecção do minério”, diz Pavan.
Visita
às minas do interior da Bahia - Na
segunda etapa do curso, os geólogos visitaram as minas de Yamana Gold
(Jacobina e Fazenda Brasileiro), Caraíba (Pilar), Ferbasa (Andorinha). Eles percorreram mais de 1.600 km durante os 26 dias do
treinamento. A primeira mina visitada foi de ouro, em Jacobina, depois a mina
de cobre do Vale do Rio Curaçá, localizada no município de Jaguarari, no distrito
de Pilar. Esta é a mais antiga mina de cobre em operação no país. Eles
estiveram também na mina de cromo do Vale do Jacurici, em
Andorinha, e na mina de ouro Fazenda Brasileiro, em Barrocas, onde a
lavra é subterrânea.
Estromatólitos da fazenda arrecife geosítio – Os pesquisadores
estiveram ainda na Fazenda Arrecife, situada
no município de Várzea Nova, na Chapada Diamantina. O local abriga exposições
de biohermas, compostas por estromatólitos colunares, que ocorrem na formação
Salitre, do grupo Una, de idade Neoproterozóica, associadas a sedimentos carbonáticos,
com evidências da ação de tempestades. As ocorrências dessas estruturas
bio-sedimentares estão espalhadas numa área de caatinga.