Pesquisador Eugênio
Frazão durante Seminário |
O pesquisador Eugênio
Frazão, assistente da Diretoria de Geologia e Mineração (DGM) representou o
Serviço Geológico do Brasil (CPRM), nessa terça-feira (28/5), no Palácio do
Itamaraty, em Brasília, durante Seminário Brasil-Japão sobre Cooperação
Científica no Atlântico Sul.
O evento discutiu os
resultados do cruzeiro Iatá-Piúna “Navegando em águas profundas e
escuras, na língua Tupi-Guarani”, obtidos na Elevação do Rio
Grande, na Dorsal de São Paulo e no Platô de São Paulo a partir dos mergulhos
realizados com o submersível Shinkai 6500 conduzidos a bordo do navio R/V
Yokosuka, ambos pertencentes a Agência Japonesa de Ciência da Terra e Mar
(JAMSTEC). A expedição é fruto da parceria entre a CPRM, o Instituto
Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP) e a JAMSTEC.
Segundo
o pesquisador Eugênio Frazão, desde o ano de 2009 o Serviço Geológico do Brasil
(CPRM) vêm executando trabalhos em Águas Internacionais do Atlântico Sul e na
Zona Econômica Exclusiva (ZEE) nas 200 milhas náuticas pertencentes ao Brasil,
desenvolvendo projetos como o da Elevação
do Rio Grande (PROERG) (Entenda melhor a Elevação) e da Cordilheira
Meso-Atlântica (PROCORDILHEIRA), ambos do Programa de Prospecção e
Exploração de Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e
Equatorial (PROAREA) que tem como objetivo identificar e avaliar a
potencialidade mineral de áreas com importância econômica e
político-estratégicas para o Brasil, lembrando que este programa vem sendo
desenvolvido no âmbito do Programa Geologia do Brasil pertencente à CPRM.
Mesa
de abertura
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Para Eugênio o evento é
importante para divulgar a expedição Iatá-Piuna e o sucesso desta, para a
comunidade científica e é o principal marco da cooperação Brasil-Japão em
Oceanografia, Ciências do Mar e Tecnologia de Oceanos, iniciativa decorrente de
acordo de cooperação técnica, celebrado entre o Serviço Geológico Brasileiro
(CPRM), o Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo (IO-USP) e a
Agência Japonesa de Ciências do Mar e da Terra (JAMSTEC).
De acordo com Eugênio Frazão,
a cooperação entre Brasil-Japão trouxe inúmeros benefícios e novas descobertas
cientificas. Como há dois anos, durante dragagens na Elevação do Rio Grande com
o navio francês R/V Marion Dufresne onde foram retiradas do assoalho oceânico
rochas graníticas, rocha esta considerada de origem continental. Antes do
mergulho existiam inúmeras duvidas em relação a proveniência destas rochas,
pois acreditava-se que tais rochas fossem provenientes de lastros de navios,
utilizando-se o submersível Shinkai 6500 foi possível comprovar a existência
das mesmas no local e existência de areia quartzosa, proveniente da erosão de
tais rochas. Em tal profundidade não seria possível encontrar sedimentos
quartzosos, somente sedimentos carbônaticos.