Solenidade de
abertura do evento
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Uma
parceria de grande importância científica, política e econômica para o Brasil,
esta foi a tônica do discurso do diretor-presidente do Serviço Geológico do
Brasil (CPRM), Manoel Barretto, ao participar da solenidade de abertura do
projeto “Atlântico Sul – Nova Fronteira do Conhecimento” que está sendo
realizado no Pier Mauá, de 6 a 8 de maio, no Rio de Janeiro.
Barretto
destacou que esse evento é um marco para a história da CPRM. Há aproximadamente
cinco anos a empresa iniciou projetos voltados para a geologia marinha, com
expedições científicas ao Atlântico Sul, como na Elevação Rio Grande, onde
foram encontradas amostras de granito a cerca de mil e quinhentos quilômetros
da costa brasileira.
Com a parceria entre a CPRM e a Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia da Terra e do Mar (Jamstec) foi possível, por meio de mergulho utilizando o submersível Shinkai 6500, lançado do navio de pesquisas Yokosuka, pesquisar uma área equivalente à metade do Estado de São Paulo, que possivelmente se desprendeu durante a separação do continente sul-americano da África há cerca de 130 milhões de anos. Na região, pesquisadores da CPRM e da Jamstec obtiveram evidências de ser parte da plataforma continental brasileira. O passo seguinte será desenvolver mais pesquisas com vistas a constatar os indícios da existência desse continente submerso. Dessa forma, o Brasil poderá certificar que a área do Alto do Rio Grande pertence ao continente brasileiro.
Com a parceria entre a CPRM e a Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia da Terra e do Mar (Jamstec) foi possível, por meio de mergulho utilizando o submersível Shinkai 6500, lançado do navio de pesquisas Yokosuka, pesquisar uma área equivalente à metade do Estado de São Paulo, que possivelmente se desprendeu durante a separação do continente sul-americano da África há cerca de 130 milhões de anos. Na região, pesquisadores da CPRM e da Jamstec obtiveram evidências de ser parte da plataforma continental brasileira. O passo seguinte será desenvolver mais pesquisas com vistas a constatar os indícios da existência desse continente submerso. Dessa forma, o Brasil poderá certificar que a área do Alto do Rio Grande pertence ao continente brasileiro.
Barretto discursa durante a abertura do “Atlântico
Sul – Nova Fronteira do Conhecimento” |
Barretto
também ressaltou que a pesquisa oceanográfica, juntamente com a realização do
Workshop on Brazil – Japan Cooperation in Science and Tecnology of South
Atlantica, faz parte de um trabalho conjunto que tem produzido importantes
resultados científicos para o Brasil e o Japão.
Segundo
o diretor de pesquisa da Jamstec, Hiroshi Kitazato, essa é a primeira ação do
gênero realizada pelo homem no Atlântico Sul. Kitazato afirmou que Brasil e
Japão têm muitos pontos em comum, principalmente nas áreas do conhecimento e
tecnologia. “Entendemos que não há parceiro melhor que o Brasil”, disse o
pesquisador japonês, que fez questão de elogiar os pesquisadores brasileiros:
“são os mais ativos, interessados e dedicados com os quais trabalhamos”,
afirmou, lembrando que a Jamstec já realizou expedições com pesquisadores de
vários outros países.
O
evento, composto de workshop; exposição de apresentação de amostras de rochas
coletadas no fundo oceânico, painéis e gráficos; e visitas ao navio japonês
Yokosuka e ao submersível Shinkai 6500 (submersível tripulado com maior alcance
de profundidade no mundo, podendo atingir 6.500 metros de profundidade).
Participaram
da abertura, além do diretor-presidente da CPRM e do diretor de pesquisa da
Jamstec, o embaixador do Japão no Brasil, Akira Miwa, e representantes dos
ministérios de Relações Exteriores, da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Meio
Ambiente, e membros da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos
do Mar (Sercirm) da Marinha do Brasil.
Também
estiveram presentes os diretores da CPRM: de Geologia e Recursos Minerais,
Roberto Ventura; de Hidrologia e Gestão Territorial, Thales Sampaio; de
Relações Internacionais e Desenvolvimento, Antônio Bacelar; e de Administração
e Finanças, Eduardo Santa Helena.
Após
a abertura, os convidados visitaram as instalações do Yokosuka e puderam entrar
no submersível Shinkai.
Visita ao navio japonês Yokosuka. Ao fundo o
submersível Shinkai
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