Carta
de suscetibilidade a movimentos de massa,
enchentes e inundações do
município de
Santa Maria Madalena - RJ
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O
treinamento de campo dos geólogos, geógrafos e hidrólogos do
Serviço Geológico do Brasil (CPRM) para capacitar os profissionais
na elaboração de cartas de suscetibilidade a deslizamentos e
enchentes, começou nesta quinta-feira (21/02), no município de
Santa Maria Madalena, no Rio de Janeiro. Está é a última etapa do
treinamento, os levantamentos começarão em março, e até o final
do ano serão elaborados 100 mapas de suscetibilidades, sendo 19 no
Rio de Janeiro, 14 no Espirito Santo, 40 em São Paulo e 27 em Santa
Catarina. O objetivo é que 286 municípios sejam contemplados com o
estudo até 2014.
De
acordo com o coordenador do projeto, Cássio Roberto da Silva, as
cartas deverão indicar os terrenos e áreas próprias e impróprias
para a ocupação devido aos deslizamentos de encostas, enxurradas,
enchentes e inundações. “Queremos propiciar também o
planejamento adequado à expansão urbana, identificar espaços aptos
para isso, evitando assim o aumento das áreas de riscos nesses
municípios”, disse.
As
metodologias utilizadas no processo de mapeamento podem variar de
acordo as condições do local. Porém os técnicos se baseiam nas
características de mapa de padrões de relevo em duas dimensões:
altimétria e planimétria, elaborados a partir dos modelos digitais
do terreno (MDT). Esses mapas são desenvolvidos pela CPRM e indicam
a elevação do terreno, e podem gerar curvas de níveis e outros
produtos. “O IBGE está nos fornecendo imagens e modelos digitais
do terreno, isto favorece para observação da declividade dos
morros, e quando há possibilidade de deslizamentos”, explicou o
geólogo.
As
avaliações dos mapas podem ser feitas através da análise conjunta
desse material com bases cartográficas. E, após análise, essas
informações permitirão a hierarquização da suscetibilidade de
cada município em cinco classes: muito alta, alta, média, baixa e
muito baixa. As cartas serão definidas em função das
características geomorfológicas, geológicas, hidrológicas e
pedológicas de cada município.
Para
o projeto, a CPRM utilizará recursos do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC). Os mapas serão fornecidos aos gestores municipais
e à sociedade em escala de semidetalhe de 1:25.000.