Foto da praia sem
aterramento
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O Serviço Geológico do
Brasil apresentou nesta quarta-feira (21), laudo sobre os estudos realizados na
praia artificial da Ponta Negra, zona Oeste de Manaus. Desde sua inauguração, 13
pessoas morreram vítimas de afogamento. Segundo o coordenador do estudo,o engenheiro hidrólogo André Santos, os
dados batimétricos na área geraram um
perfil em imagem 3D do terreno, no qual foi possível identificar desníveis
abruptos entre as partes mais rasas e mais profundas. “Tanto frontal quanto
lateralmente, os desníveis dessa área podem variar entre 2 metros a 5,7
metros”, explicou.
O superintendente regional de Manaus, Marco
Oliveira enfatizou o risco enfrentado pelos banhistas que frequentam a praia.
“Uma pessoa que caminha com a água até a altura do joelho, de repente pode cair
dentro de um desses buracos e se não souber nadar pode se afogar. Há um alto
risco para os banhistas”, informa o superintendente.
Para efeito de comparação, os técnicos da
CPRM realizaram os mesmos estudos na
faixa de praia que compreendia a parte natural da orla – sem aterramento. Os
dados apontam o aumento da profundidade do rio, que se dá de forma suave e homogênea, sem
desníveis abruptos, não surpreendendo os banhistas. Pela análise e soma dos fatores de risco a conclusão do laudo sugeriu
que a parte da praia aterrada artificialmente fosse temporariamente
interditada, até a resolução do problema