Maria Antonieta fala dos desafios e soluções para a construção da Rimas |
Com base nas experiências, desafios e soluções exigidas ao longo do processo de instalação e manutenção crescente da rede, que o Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas incluiu, em sua programação, do dia 24/10, a palestra técnico comercial “Rede Integrada de Monitoramento de Águas Subterrâneas – situação e perspectivas para o futuro. Apresentada pela geóloga e coordenadora da Rede, Maria Antonieta Alcântara Mourão, da CPRM, o tema foi um dos mais debatidos durante o congresso.
Maria
Antonieta fez um relato detalhado da atual situação da rede, mostrando os
problemas enfrentados no processo de construção, citando como fatores
dificultadores a dimensão continental do país com grandes heterogeneidades em
termos de infraestrutura da malha viária; dificuldade de envio de amostras aos
laboratórios qualificados para análise de parâmetros no prazo necessário de 24
horas; e ausência de empresas interessadas em participar de pregões ou empresas
com baixa capacitação ou experiência em perfurações em terrenos sedimentares.
Embora
ocorram desafios no processo de construção, soluções estão sendo implementadas,
o que tem permitido a construção de poços de monitoramento, todos equipados e
operados por hidrogeólogos das onze unidades regionais da CPRM espalhadas pelo
Brasil. Também foram adquiridos espectrofotômetros portáteis para a realização
de análise no campo. Foram feitos ajustes constantes nos valores acompanhando
as tendências de mercado. E adotada a prática de anúncios antecipados na
realização de pregões, com vistas a permitir a participação de empresas, com
potencial para execução dos serviços, em tempo hábil.
Entre as
metas para a continuidade e ampliação da Rimas, estão: inclusão de aquíferos;
ampliação de poços em vários estados; intensificação de acordos de cooperação
com empresas de abastecimento; e aumento com o número de técnicos envolvidos
com a rede de monitoramento.
“Com estas
medidas, esperamos alcançar a marca de 440 poços instalados até 2013 e 1000
poços construídos e em operação em 2015”, salientou Maria Antonieta.
A coordenadora da Rede explica que a CPRM tem como
desafio integrar ao processo de montagem da rede os demais órgãos gestores em
águas subterrâneas. “A rede já está funcionando com 250 poços e os dados já estão
sendo compilados para ficarem à disposição da comunidade científica, gestores e
demais interessados”, disse Antonieta. Segundo ela, o objetivo é oferecer
informações para a sociedade dos impactos sobre as águas subterrâneas em
decorrência da exploração ou das formas de uso e ocupação dos terrenos, além de
fazer uma estimativa da disponibilidade dos recursos hídricos subterrâneos,
dentre outras informações.