segunda-feira, outubro 1

Saiba mais sobre os Meteoritos


São fragmentos de matéria sólida que provêm do espaço e que chegam até à superfície da Terra. Os fragmentos que entram na atmosfera terrestre, mas não chegam até à superfície, por serem destruídos pelo atrito com o ar, são chamados de meteoros ou, popularmente, estrelas cadentes. Estes são muito mais numerosos que os meteoritos.


Os meteoritos podem ser avistados, os que foram vistos no instante da queda, ou encontrados, os que não se viu cair (e que constituem a imensa maioria). A ciência que estuda esses corpos celestes chama-se Meteorítica.

A palavra meteoro vem do grego meteoron e significa fenômeno no céu. É usada para descrever a faixa luminosa que se vê no céu quando matéria do sistema solar entra na atmosfera de Terra, criando incandescência temporária, resultado da fricção com a atmosfera. O termo também é usado para designar a própria partícula, sem relação ao fenômeno que produz quando entra na atmosfera.

A chegada do meteorito à superfície da Terra dá-se a velocidades entre 12 km/s e 70 km/s e é seguida de estrondos e chiados ensurdecedores. Um meteoróide é a matéria que gira ao redor do Sol ou qualquer objeto no espaço interplanetário que seja muito pequeno para ser chamado de asteróide ou cometa. Partículas menores são chamadas micrometeoróides, ou grãos de pó cósmicos, e incluem qualquer material interestelar que eventualmente entre em nosso sistema solar.

Origem

Acredita-se que a maioria dos fluxos de meteoros sejam formados pela decomposição do núcleo de um cometa e conseqüente dispersão dos fragmentos na órbita original desse cometa.  Os planetas maiores, com seus intensos campos gravitacionais, podem afetar essa órbita e Júpiter, por exemplo, pode levar os fragmentos a mergulharem para o interior do sistema solar e assim cruzar a órbita da Terra, como acontece hoje com os asteróides Vesta e Apolo.
Quando a Terra atravessa um fluxo de meteoros, o número de meteoritos que nela cai é aumentada, resultando em uma chuva de meteoros, que costuma durar vários dias. Se for uma chuva particularmente intensa, recebe o nome de tempestade de meteoros.

Os meteoros pesam cerca de 10 gramas e são geralmente do tamanho de grãos de feijão ou ainda menores. Sua velocidade varia entre 42 km/s e 72 km/s. Eles tornam-se visíveis a aproximadamente 120 km de altura, onde ficam incandescentes, desaparecendo a 70 km quando, quando são totalmente incinerados pelo atrito com a atmosfera. Em cidades pouco iluminadas, é possível ver meteoros com facilidade quase todos os dias.

Procedência dos meteoritos

A análise das trajetórias dos meteoritos sugere que a grande maioria deles vêm de um cinturão de asteróides que existe entre Marte e Júpiter. Os planetas têm um afastamento em relação ao Sol que obedece a uma regra matemática. Por essa regra, deveria haver um planeta depois de Marte, mas antes de Júpiter. O que há ali, porém,  é um anel de asteróides, ou seja, de fragmentos rochosos.  Os astrônomos acreditam que esses asteróides circundam o Sol desde o começo do nosso sistema solar, mas não conseguiram se unir para formar um planeta devido à grande força da gravidade de Júpiter. Se isso acontecesse, o planeta teria cerca de 1/3 do tamanho da Lua.

O cinturão de asteróides tem 150.000 km de fragmentos rochosos, com tamanhos que variam bastante, a maioria de formato irregular.   Nele foram identificados mais de 11.000 asteróides, em geral com 20 km ou menos de diâmetro. O maior é Ceres, com 913 km e o mais próximo do Sol é Ícaro.  Há três tipos de asteróides: escuros e rochosos; luminosos e rochosos e metálicos.
Apesar de essa ser a principal fonte de meteoritos, análises químicas mostram que alguns deles, do tipo condrito, coletados na Antártida desde 1981, provêm da Lua, pois sua composição coincide com a de rochas lunares trazidas pelas missões Apolo, em 1969-1972. Outro conjunto, de oito acondritos, contém gases atmosféricos capturados em minerais derretidos, cuja composição assemelha-se à da atmosfera de Marte, medida pela sondas Viking em 1976.