Roberto
Ventura explicou a importância
dos projetos da CPRM na Amazônia
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O
diretor de Geologia e Recursos Minerais do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Roberto
Ventura, participou, nesta segunda-feira, (29/10) em Brasília, de reunião
promovida pelo Centro de Estudos Estratégicos do Exército, para discutir
propostas de integração da Amazônia. O
encontro serviu para subsidiar o planejamento estratégico do exército
brasileiro na região e contou com a participação de oficiais do exército,
marinha, aeronáutica, diplomatas, estudantes, além de representantes de
diversos ministérios, do legislativo e judiciário.
Ventura
foi um dos debatedores do painel: “áreas estratégicas do Brasil e a defesa do
interesse nacional.” Na ocasião, o diretor apresentou os principais projetos
que estão sendo executados pela CPRM.
Ventura explicou que a empresa está desenvolvendo projetos considerados
estratégicos pelo governo. Entre eles, citou o projeto de geologia marinha que
visa avaliar o potencial mineral e ampliar a presença brasileira no Atlântico; o
programa de Terras Raras, que está mapeando ocorrências desses minerais no
subsolo brasileiro; e o projeto cartografia da Amazônia, que tem as forças
armadas como parceiro.
O
encontro serviu para subsidiar o planejamento
estratégico do exército na região
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Segundo
ventura, o projeto Cartografia da Amazônia vai proporcionar o planejamento e a
execução de projetos de infraestrutura para a região. As informações geradas
também servirão para o monitoramento de segurança e defesa nacional,
especialmente nas áreas de fronteira. “Estamos produzindo conhecimento
importante para integração da Amazônia”, afirmou o diretor, que ressaltou ainda
que o investimento maior da CPRM na região tem sido na intensificação dos
levantamentos aerogeofísicos. “Precisamos conhecer o subsolo para poder
gerenciar melhor nossos recursos minerais”, disse.
O
general Vilas Boas, Comandante Miliar da Amazônia concordou com a avaliação de
Ventura. Segundo o oficial, as riquezas no subsolo da Amazônia estão mensuradas
em R$ 17 trilhões. “É preciso conhecer e
proteger nossos recursos minerais, principalmente os que estão situados em
faixa de fronteira”, disse o general.
Para ele, é preciso integrar a
região ao restante do País. “São cerca de 10 milhões de habitantes e uma faixa
de terra que faz fronteira com nove países, o que corresponde a 27 % do
território”, destacou Vilas Boas. “Vamos dar todo apoio logístico que a CPRM
precisar para que ela desenvolva estudos na região”, afirmou o general.