Participantes
da oficina em Salvador
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A afirmação
é do assessor especial da Secretaria de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial, Edson Lopes Cardoso, que ministrou na terça-feira (4/9) a
oficina “Enfrentamento ao Racismo – uma introdução”, durante encontro de
capacitação do Comitê de Pro-Equidade de Gênero e Raça da CPRM, que está sendo
realizado em Salvador e conta com a participação de membros dos comitês
regionais da instituição. Cardoso abordou a temática do preconceito racial na
formação histórica da realidade brasileira, diversidade, sexismo, estereótipos
e a história do negro no Brasil.
Ele explicou conceitos de gênero e
raça, os preconceitos existentes no Brasil e o papel que a escola tem na
valorização da diversidade. Para o assessor é fundamental uma educação que
reconheça as diferenças. “Pensar em igualdade significa reconhecer as
diferenças”, disse. De acordo com ele os
meios de comunicação ajudam a criar estereótipos e preconceitos ao banalizar a
imagem da mulher em comerciais e propagandas. “Precisamos fazer uma reflexão
para qualificar o debate, pois é sistemática a desumanização da imagem da
mulher na televisão”, analisou.
Cardoso
durante oficina
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O representante do ministério disse
ainda que a igualdade de oportunidades é um paradigma no Brasil. “Nós vivemos
desigualdades que tem origem no passado. Temos uma responsabilidade coletiva em
combater o racismo e a discriminação. A democracia é incompatível com racismo,
sexismo ou qualquer outra forma de discriminação”, destacou. Segundo Cardoso, a CPRM realiza um trabalho
importante na promoção de oportunidades para
mulheres que atuam na empresa.
A chefe da Residência de Porto Velho e
coordenadora do comitê na unidade, Helena Bezerra, disse que o elevado nível das
discussões representa o comprometimento das pessoas que compõem os comitês
regionais. “O aprendizado desse encontro vai possibilitar a implementação de
ações afirmativas nas unidades”, afirma. A geóloga Ana Claudia, da
Superintendência de Recife, faz um balanço positivo do encontro. “Sou de uma
área técnica e estou chegando agora no comitê nacional como representante dos
empregados. Para mim foi uma supressa ver todo mundo comprometido com questões
tão relevantes para a empresa. A Oficina do Edson foi fantástica, pois
trabalhou conceitos que precisamos difundir”, avaliou.
O encontro termina nesta quarta-feira
(5/9) com apresentações e debates sobre os avanços e desafios no
desenvolvimento dos trabalhos dos comitês regionais em suas respectivas
unidades. A tarde uma roda de conversa discute gênero, raça e direitos humanos
para nivelar o conhecimento dos participantes do evento.