quarta-feira, setembro 5

"Pensar em igualdade significa reconhecer as diferenças"



Participantes da oficina em Salvador
A afirmação é do assessor especial da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Edson Lopes Cardoso, que ministrou na terça-feira (4/9) a oficina “Enfrentamento ao Racismo – uma introdução”, durante encontro de capacitação do Comitê de Pro-Equidade de Gênero e Raça da CPRM, que está sendo realizado em Salvador e conta com a participação de membros dos comitês regionais da instituição. Cardoso abordou a temática do preconceito racial na formação histórica da realidade brasileira, diversidade, sexismo, estereótipos e a história do negro no Brasil.

Ele explicou conceitos de gênero e raça, os preconceitos existentes no Brasil e o papel que a escola tem na valorização da diversidade. Para o assessor é fundamental uma educação que reconheça as diferenças. “Pensar em igualdade significa reconhecer as diferenças”, disse.  De acordo com ele os meios de comunicação ajudam a criar estereótipos e preconceitos ao banalizar a imagem da mulher em comerciais e propagandas. “Precisamos fazer uma reflexão para qualificar o debate, pois é sistemática a desumanização da imagem da mulher na televisão”, analisou.


Cardoso durante oficina
O representante do ministério disse ainda que a igualdade de oportunidades é um paradigma no Brasil. “Nós vivemos desigualdades que tem origem no passado. Temos uma responsabilidade coletiva em combater o racismo e a discriminação. A democracia é incompatível com racismo, sexismo ou qualquer outra forma de discriminação”, destacou.  Segundo Cardoso, a CPRM realiza um trabalho importante  na promoção  de oportunidades  para  mulheres que atuam na empresa.

A chefe da Residência de Porto Velho e coordenadora do comitê na unidade, Helena Bezerra, disse que o elevado nível das discussões representa o comprometimento das pessoas que compõem os comitês regionais. “O aprendizado desse encontro vai possibilitar a implementação de ações afirmativas nas unidades”, afirma. A geóloga Ana Claudia, da Superintendência de Recife, faz um balanço positivo do encontro. “Sou de uma área técnica e estou chegando agora no comitê nacional como representante dos empregados. Para mim foi uma supressa ver todo mundo comprometido com questões tão relevantes para a empresa. A Oficina do Edson foi fantástica, pois trabalhou conceitos que precisamos difundir”, avaliou.

O encontro termina nesta quarta-feira (5/9) com apresentações e debates sobre os avanços e desafios no desenvolvimento dos trabalhos dos comitês regionais em suas respectivas unidades. A tarde uma roda de conversa discute gênero, raça e direitos humanos para nivelar o conhecimento dos participantes do evento.