“Gerir
os recursos naturais para gerar recursos sociais”, com este tema, a 46ª edição
do Congresso Brasileiro de Geologia reúne especialistas de todo mundo e,
principalmente, dos países de língua portuguesa, já que ao mesmo tempo acontece
o 1º Congresso de Geologia do mundo lusófono. Para a Sociedade Brasileira de Geologia (SBG),
o uso racional e eficiente dos recursos naturais é uma necessidade urgente e
uma preocupação de toda a sociedade contemporânea. Com isso, a temática do
evento pretende reconhecer a importância da Geologia para a descoberta e uso
sustentável dos recursos naturais. Congresso
acontece entre 30 de setembro e 5 de outubro na cidade de Santos.
“O
Congresso também quer reforçar o elo entre o mundo profissional e acadêmico nas
geociências”, explica o professor doutor Fábio Braz Machado, da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp), presidente da comissão organizadora.
“Aproveitando as comemorações do ano de Portugal no Brasil, tivemos a idéia de
reunir pela primeira vez os pesquisadores dos países lusófonos”. Até o momento,
mais de dois mil trabalhos foram recebidos.
“O
potencial de colaboração é enorme dado o perfil dos países envolvidos, unidos
por uma mesma língua; as comunidades científicas, particularmente a de Portugal
e do Brasil têm já projecção internacional e os restantes países da CPLP
apresentam um potencial de desenvolvimento acelerado, dada a procura recente, a
nível mundial, dos seus recursos naturais”, declara Rogério Bordalo da Rocha,
Presidente da SGP e da Association of
European Geological Societies.
“Cabe
ressaltar que o Brasil vive um momento sem igual, totalmente sem precedentes,
com a valorização de todas as commodities minerais e das novas descobertas
petrolíferas tanto nas bacias marginais como continentais que colocará o país
entre os maiores detentores mundiais em reservas de óleo e gás. Tudo isso
denota uma reflexão não só científica como também política: será que estamos
preparados, em termos de mão de obra qualificada ou altamente qualificada para
tudo isso, será que nossas universidades são suficientes?”, questiona Machado.
Além
da língua que une oito nações entre Europa, África e América do Sul, a
expectativa é ressaltar a importância estratégica dos recursos energéticos,
minerais e da investigação sobre o fundo do Oceano Atlântico, ponte que liga a
maioria dos países lusófonos. Espera-se que o Congresso também crie mais
intercâmbios entre as comunidades científicas desses países. “Em setembro de
2010, assinamos um protocolo de colaboração entre as sociedades brasileira e
portuguesa de Geologia que prevê uma série de atividades conjuntas, entre elas,
reuniões periódicas de caráter científico”, diz o presidente da comissão.
O
Congresso está dividido em 11 grandes áreas que por sua vez se dividem em
Simpósios, Fóruns, Sessões técnico-científicas, Reuniões e Mesa redondas. A
expectativa é receber um público de quatro mil pesquisadores e profissionais da
área governamental e privada, lideranças políticas, empresários, além de geólogos,
engenheiros, oceanógrafos, geógrafos, químicos, meteorologistas, agrônomos,
arqueólogos, biólogos e outros de áreas afins. “Nossa expectativa é a melhor
possível. Além de divulgar a importância das geociências para a sociedade,
algumas empresas irão revelar descobertas de novos depósitos minerais e estudos
inusitados em bacias petrolíferas”, explica Machado.
Um
dos destaques do 46º Congresso será a “Praia das Geociências”, uma área de maior
que 225 m² na orla de Santos que vai funcionar como um museu a céu aberto. Serão
expostos painéis explicando os benefícios do setor petrolífero e mineral bem
como um museu de minerais de rochas. O acesso a esse espaço será gratuito e as
visitas serão monitoradas por alunos universitários do curso de Geologia do
estado de São Paulo.
“Teremos
aproximadamente 40 convidados internacionais renomados tanto nas áreas
profissionais como acadêmicas, vamos apresentar as novas tecnologias
implementadas no setor. Tenho certeza que será um grande evento para o Brasil e
para a cidade de Santos”, comemora o presidente da comissão. Dentre alguns convidados
estão Peter Cawood, editor da conceituada revista Precambrian
Research, Stephen Linter (Espanha), especialista em estudos de Impactos
Ambientais, e o Pradeed Aggarwal da International
Atomic Energy (Alemanha) considerado um dos maiores especialistas em
Hidrologia.
Entre
os destaques das Mesas estão “A importância das Geociências nas Políticas
Públicas”, coordenada pelo Ricardo Vedovello, diretor-presidente do Instituto
Geológico de São Paulo, e “O setor mineral no Brasil e seus impactos econômicos
e sociais”, coordenado por Onildo Marini, da Agência para o Desenvolvimento
Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira (ADIMB) e Jorge Bettencourt da
Universidade de São Paulo.
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