Representando o Serviço Geológico do Brasil, a
chefe da divisão de estudos e pareceres da Consultoria Jurídica (Cojur) do
Escritório do Rio de Janeiro, Tatiana da Silva Cruz, participou na manhã de hoje
(28/8) de debates no II Encontro Nacional da Advocacia-Geral da União sobre
Direitos Humanos e Políticas Setoriais de Gênero e Raça, promovido pela
Advocacia Geral da União (AGU), em Brasília. Entre os temas discutidos estão direitos
humanos, racismo, assédio moral e sexual no trabalho e sistema de cotas
raciais.
Tatiana da Silva Cruz, da Cojur, ao centro |
A abertura do evento foi presidida pelo Advogado-Geral da União
substituto, Fernando Luiz Albuquerque, que destacou que não adianta só cumprir
a lei e esquecer esses direitos de equidade. "Não cabe à AGU apenas
defender judicialmente as políticas de equidade de gênero e raça. É importante
também termos uma política interna, visão, atos e ações de respeito aos
diversos gêneros e raças dentro da instituição".
Para Tatiana Cruz, o seminário tem grande importância, não somente para
o Serviço Geológico do Brasil, como aos demais órgãos. “Essa interação entre as
instituições públicas e sociedade é muito importante para se avançar nas
políticas proativas referentes aos temas em questão”, disse. Segundo a chefe da
divisão de estudos e pareceres da Consultoria Jurídica (Cojur), as discussões
são fundamentais para a implementação de políticas que combatam a discriminação
na sociedade e diminuam cada vez mais os indicadores de desigualdades raciais
que ainda existem no país.
O evento reúne diversas autoridades dos órgãos, como ouvidores das instituições públicas, membros da AGU e sociedade civil. A primeira palestra do evento foi realizada pela ministra Maria Elizabeth Guimarães Rocha, do Superior Tribunal Militar, que tratou da questão quilombola e a proteção constitucional à etnicidade.
O encerramento será com a apresentação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de um retrato das desigualdades de gênero e raça.