O grupo conheceu formações de calcário raso na bacia de Irecê |
Pesquisadores em geociências que participam do
treinamento em cartografia geológica, que está sendo realizado no Centro
Integrado de Estudos Geológicos (CIEG), em Morro do Chapéu (BA), realizaram,
nesta terça-feira (17/7), mais uma atividade de campo. Eles visitaram área de
lavra de uma mina de fosfato e afloramentos de rochas carbonáticas na formação
salitre na bacia de Irecê, e de arenitos, no topo do Morro do Chapéu, que fazem
parte da Chapada Diamantina.
O
treinamento faz parte do programa de reciclagem dos profissionais que atuam em
projetos de mapeamento da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais. “Durante os
exercícios de campo os alunos observam o processo de formação, tipo, idade e
ambiente das rochas”, explica o geólogo Reginaldo Alves dos Santos, chefe do Departamento
de Geologia. A região
possui uma grande diversidade geológica permitindo que em um raio de 40 km seja
possível conhecer três ambientes de
rochas sedimentares.
“Durante visita aos afloramentos selecionados eles
desenvolvem habilidades que irão contribuir para o trabalho de mapeamento
geológico em suas respectivas unidades”, destaca o geólogo Antônio Dourado, coordenador
do CIEG. Segundo Dourado, o centro de estudos passa por um processo de
revitalização e deverá receber novas turmas de geólogos da CPRM para
treinamento, além de alunos de graduação e
pós-graduação de diversas universidades.
Para o geólogo Joaquim das Virgens, que atua em
projetos desenvolvidos pela Residência de Teresina, os cursos do treinamento
servem não apenas para reciclar, mas também adquirir novos conhecimentos.
“Estamos tendo novas visões e conceitos da geologia, com os novos recursos
tecnológicos e técnicas”, avalia. Helen
Lopes, geóloga da Superintendência de Belém, também compartilha a mesma
opinião. “É um resgate de tudo que aprendi na universidade, mas que ainda não
havia colocado em prática”, acrescenta Helen.
O grupo de pesquisadores irá integrar projetos
piloto, que serão iniciados no segundo semestre, em Goiás, Tocantins, Pará,
Mato Grosso do Sul, Piauí, Bahia e Minas Gerais. Durante o treinamento, os
participantes estão reciclando o conhecimento em diversas áreas: interpretação
geofísica, sensoriamento remoto, geologia estrutural, processamento digital de
imagens de satélite, fotointerpretação, estratigrafia e metodologia de
mapeamento da CPRM. A
última etapa do treinamento será uma expedição à Faixa Sergipana.
Aulas do curso de sensoriamento remoto |