quarta-feira, julho 18

Geólogos visitam afloramentos de rochas sedimentares durante treinamento na Chapada Diamantina


O grupo conheceu formações de calcário
raso na bacia de Irecê
Pesquisadores em geociências que participam do treinamento em cartografia geológica, que está sendo realizado no Centro Integrado de Estudos Geológicos (CIEG), em Morro do Chapéu (BA), realizaram, nesta terça-feira (17/7), mais uma atividade de campo. Eles visitaram área de lavra de uma mina de fosfato e afloramentos de rochas carbonáticas na formação salitre na bacia de Irecê, e de arenitos, no topo do Morro do Chapéu, que fazem parte da Chapada Diamantina. 

O treinamento faz parte do programa de reciclagem dos profissionais que atuam em projetos de mapeamento da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais. “Durante os exercícios de campo os alunos observam o processo de formação, tipo, idade e ambiente das rochas”, explica o geólogo Reginaldo Alves dos Santos, chefe do Departamento de Geologia. A região possui uma grande diversidade geológica permitindo que em um raio de 40 km seja possível  conhecer três ambientes de rochas sedimentares.


“Durante visita aos afloramentos selecionados eles desenvolvem habilidades que irão contribuir para o trabalho de mapeamento geológico em suas respectivas unidades”, destaca o geólogo Antônio Dourado, coordenador do CIEG. Segundo Dourado, o centro de estudos passa por um processo de revitalização e deverá receber novas turmas de geólogos da CPRM para treinamento, além de alunos de graduação e     pós-graduação de  diversas universidades.

Para o geólogo Joaquim das Virgens, que atua em projetos desenvolvidos pela Residência de Teresina, os cursos do treinamento servem não apenas para reciclar, mas também adquirir novos conhecimentos. “Estamos tendo novas visões e conceitos da geologia, com os novos recursos tecnológicos e técnicas”, avalia.  Helen Lopes, geóloga da Superintendência de Belém, também compartilha a mesma opinião. “É um resgate de tudo que aprendi na universidade, mas que ainda não havia colocado em prática”, acrescenta Helen. 

O grupo de pesquisadores irá integrar projetos piloto, que serão iniciados no segundo semestre, em Goiás, Tocantins, Pará, Mato Grosso do Sul, Piauí, Bahia e Minas Gerais. Durante o treinamento, os participantes estão reciclando o conhecimento em diversas áreas: interpretação geofísica, sensoriamento remoto, geologia estrutural, processamento digital de imagens de satélite, fotointerpretação, estratigrafia e metodologia de mapeamento da CPRM. A última etapa do treinamento será uma expedição à Faixa Sergipana.

Aulas do curso de sensoriamento remoto