Pesquisadores e estudantes da expedição
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Pesquisadores do
Serviço Geológico do Brasil (CPRM) acabam de retornar da segunda expedição
Brasileira a uma região conhecida como bacia meso-oceânica, localizada em águas
internacionais, no Oceano Atlântico.
Eles estavam a bordo do navio Ocean Stalwart, fretado pela CPRM para
realizar a expedição. A embarcação atracou
neste domingo (29/7) no porto de Mucuripe, no Ceará. Durante 35 dias, os
pesquisadores coletaram dados geofísicos e mapeando o leito marinho com
modernos equipamentos.
Navio fretado pela CPRM para realizar a expedição |
Após a interpretação,
essas informações vão ajudar a conhecer melhor a superfície do fundo do mar, e
o planejamento da terceira expedição, que irá recolher amostras geológicas, biológicas e
oceanográficas, além de nortear observações que serão feitas com submersíveis,
explica o coordenador científico da expedição, geólogo Mauro Lisboa. Segundo
Lisboa, os equipamentos coletaram dados a seis mil metros de profundidade. “Estamos selecionando
áreas de interesse econômico para o Brasil no Atlântico. “Vamos mapear o leito
marinho com equipamentos geofísicos. Essas informações processadas irão gerar
mapas do relevo e da composição rochosa da superfície do fundo marinho, bem
como, mapas do campo gravitacional e do campo magnetométrico da região”, disse
o pesquisador.
Pesquisador apresenta equipamento
utilizado durante expedição
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Além de geólogos, geofísicos, biólogos e
oceanógrafos, participaram da expedição estudantes de gradação e pós-graduação
da Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do Ceará (UFC) e
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O objetivo da participação dos alunos no
projeto é formar pesquisadores que no futuro irão trabalhar em pesquisas em
águas profundas. “Foi uma experiência
muito rica para minha formação ter participado de uma missão tão importante
para o Brasil”, comemorou o estudante de geofísica da UnB, João Cruz Alberto
Vieira.
A expedição faz parte
do programa de Geologia Marinha, que envolve várias ações de pesquisa tanto na
plataforma continental jurídica brasileira, quanto em águas internacionais. O
projeto é considerado estratégico para o governo porque além de ampliar a
presença do país no Atlântico, busca mapear a ocorrência de depósitos minerais
e avaliar o potencial mineral da região. Os estudos estão sendo coordenado pela
CPRM em parceria com diversas universidades brasileira, com recursos do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).