quarta-feira, julho 11

Bacias experimentais serão monitoradas por medidores acústicos

Equipe testa o equipamento Flow Tracker
Equipes da área de hidrologia do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) participaram, nesta terça-feira (10/7), de treinamento prático para o uso dos novos equipamentos de medição de vazão acústica nos rios.  Os equipamentos S5 e Flow Tracker, foram testados nas estações do Parque Municipal de Petrópolis e no Rocio, que fazem parte do projeto de estudos integrados em bacias experimentais e representativas na região serrana.


Elaborado pelo Departamento de Hidrologia (Dehid), o curso ensinou técnicos a utilizarem novas tecnologias para facilitar o trabalho de coleta de informações neste e, em outros projetos realizados pela CPRM, como por exemplo, o monitoramento dos rios pelo Sistema de Alerta Hidrológico.


Participantes do treinamento no
Escritório do Rio de Janeiro
Segundo a coordenadora do projeto, Mariana Villas Boas, o estudo vai reunir, através das bacias experimentais, dados sobre o controle da drenagem, os aspectos ambientais e hidrológicos do rio Piabanha, na região serrana do Rio, para diversas finalidades. “Dentro dessa bacia representativa estabelecemos três experimentais: de uso agrícola, preservado e ocupação urbana. Dentro de cada sub-bacia existem experimentos funcionando e a ideia é comparar o impacto de cada uso nos recursos hídricos e ambientais”, explicou Villas Boas.

A partir de agora, a medição dessas bacias e outros rios será realizada com os equipamentos acústicos, que são automáticos, facilitando o trabalho de campo dos técnicos. “A vantagem do equipamento é que o resultado é instantâneo e mais preciso. Antes, quando usávamos o molinete, por ser mecânico, a imprecisão era bem maior. Agora temos dados de qualidade melhores numa escala mais precisa. Antes esse tipo de análise era bem mais demorada”, avaliou o pesquisador Marcelo Parente Henriques.

Para o técnico da Superintendência Regional de São Paulo, Antônio Machado, o treinamento trará bons resultados para quem está em campo, no dia-a-dia, e vai beneficiar todo o planejamento hídrico.  “O curso foi muito útil para melhorar o conhecimento técnico de campo no manuseio de novas tecnologias. Com certeza, vai haver uma melhoria dos dados coletados”, elogiou Machado.
Integrantes do curso fazem a medição do rio
com o auxílio do aparelho S5 no
Parque Municipal de Petrópolis

Os resultados do treinamento realizado em campo foram analisados e discutidos hoje (11/07), no Escritório do Rio de Janeiro. Participaram do curso, técnicos, analistas e pesquisadores em geociências lotados em Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Teresina, Porto Velho, São Paulo e Manaus; e técnicos do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ),  Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro   (Cedae).