Nova versão do Mapa Tectônico da América
do Sul, escala 1:5.000.000
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A versão
final impressa do Mapa Tectônico da América do Sul, na escala 1:5.000.000, foi
apresentada, em fevereiro deste ano, durante a Assembleia Geral da Comissão da
Carta Geológica do Mundo (CGMW) em Paris.
A execução contou com o apoio técnico e financeiro do Serviço
Geológico do Brasil (CPRM) e do Serviço Geológico da Argentina (SEGEMAR),
utilizando modernos parâmetros da cartografia digital, sob a égide da CGMW e da
Associação Ibero-Americana de Serviços Geológicos e Mineiros (ASGMI). A
elaboração envolveu uma extensa análise de dados coletados em diferentes países
sul-americanos, posteriormente atualizados e ajustados, contando ao todo com a
participação de meia centena de colaboradores
sul-americanos, tanto de universidades, quanto de serviços geológicos.
Importante contribuição também foi dada pela Petrobras.
Esta é a
segunda edição (a anterior foi publicada 1978) e apresenta informações
atualizadas sobre os grandes elementos estruturais e propriedades da crosta
terrestre no continente sul-americano, além dos processos que as originaram e a
sua evolução no tempo geológico (“tectônico” vem do grego e significa “relativo
à construção”). O mapa tectônico também possibilita, por exemplo, um melhor
entendimento de áreas sujeitas a terremotos e vulcanismo ou a busca de recursos
minerais.
Professor Umberto
Cordani em apresentação do
Mapa
Tectônico da América do Sul
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A
proposta de uma nova versão do mapa foi apresentada em 2002, e as atividades
começaram em 2004, tendo na coordenação geral de execução os professores
Umberto Cordani da Universidade de São Paulo e Victor Ramos da Universidade de
Buenos Aires. O primeiro é responsável pela Plataforma Sul-Americana e o
segundo pela Cordilheira Andina e Patagônia. A
vice-coordenação coube a Inácio Delgado
(ex-CPRM), Marcelo Cegarra (SEGEMAR) e Lêda Fraga (CPRM). A integração de
informações das áreas oceânicas adjacentes foi realizada por Kaiser de Souza
(ex-CPRM) e Franscisco Edson M. Gomes (CPRM). A cartografia digital e o geoprocessamento das informações foram executados pelas divisões de Cartografia
e Geoprocessamento da CPRM e SEGEMAR. Na Divisão
de Cartografia da CPRM, nas pessoas de Paulo Roberto Bastos e Michel da Silva
Sanguinetti, e na Divisão de Geoprocessamento da CPRM, nas pessoas de João
Henrique Gonçalves e Luiz Fernando Fernandes.
O
primeiro passo para permitir a execução do projeto foi a realização de uma nova
base geográfica georreferenciada da América do Sul em WGS-84, através da
utilização de imagens LANDSAT-TM e SRTM, que será utilizada também em outros
projetos similares sul-americanos.
A gestão da realização desse e de outros projetos da CGMW no
continente sul-americano é de responsabilidade da Subcomissão da CGMW para a
América do Sul, representada por Carlos Schobbenhaus (CPRM), Jorge Gomez Tápias
(Serviço Geológico da Colômbia) e Lêda Maria Fraga (CPRM).
Jorge Tápias (Colômbia), Lêda Fraga e Carlos Schobbenhaus
(CPRM), membros da
Comissão da CGMW.
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Além
de ser um produto de importância técnico- científica mundial, apresentado sobre
uma mesma base cartográfica e usando
tecnologia SIG, esse mapa permitiu a cooperação técnica e intercâmbio de conhecimentos entre as equipes
dos serviços geológicos participantes, explica
Schobbenhaus.
O professor Cordani comentou a relevância da colaboração dos
muitos geólogos de várias superintendências regionais da empresa que se
prontificaram a partilhar os seus conhecimentos técnicos para a confecção do
mapa e diz que, “Não teria sido possível laboração de um mapa tão abrangente
sem contar com a contribuição dedicada e continua recebida de parte de muitos
setores da CPRM”.
A
publicação está prevista para o segundo semestre deste ano, em versões digital
e impressa. A versão impressa (off-set) será
realizada com suporte financeiro da UNESCO. Futuramente deverá integrar
o Mapa Tectônico do Mundo a ser elaborado pela CGMW.